Filosofia e o Tarot

Boa noite senhores!
                Depois de um tempo sem postar, resolvi trazer alguma coisa interessante, pelo menos eu achei. Estive estudando ao longo desses últimos dias algumas coisas sobre filosofia. Conceitos básicos, alguns autores famosos, etc. Ao longo dos estudos, percebi que haviam relações com o Tarot, então eu pensei, preciso colocar no blog. Vai sair um texto bonito. Pelo menos eu espero... rs... Comecemos então!
                Dentro da filosofia, a primeira evidência que me saltou aos olhos foi o conceito de virtudes, segundo Aristóteles. Segundo ele, há 3 principais virtudes, A SABEDORIA,; A CORAGEM; A TEMPERANÇA. Ao ler TEMPERANÇA, uma luz ascendeu em minha mente, porém, o melhor está por vir. A cada virtude, Aristóteles relaciona à uma classe social. Por exemplo, A SABEDORIA está relacionada aos governantes, consequentemente, ao ARCANO VIII – A JUSTIÇA. Ambas os signos trazem em si a imagem do poder. Tanto dos próprios governantes, quanto da JUSTIÇA. Por se tratar de um filósofo grego, então, associemos ao tarot MITOLÓGICO. A Justiça é a imagem de Athenas. Alguns a consideravam a Deusa da Guerra, outros como a Deusa da Sabedoria, e o mais comum, A deusa da Justiça. Athenas une em um único símbolo tudo aquilo que poderia ser expresso na virtude da Sabedoria, segundo Aristóteles. Pensamento equilibrado, decisões imparciais, destreza em comandar, tudo isso são exemplos das qualidades que compõem Athenas, e consequentemente, compõe a virtude da SABEDORIA. Já dizia Aristóteles: “Sem sabedoria, não se pode ser verdadeiramente bom, nem sábio sem virtude ética”. A região corpórea que emana tais energias é da cabeça, ou melhor, do CHAKRA CORONÁRIO.

                Em seguida, temos a virtude da CORAGEM, que estaria relacionada aos GUERREIROS. No tarot, podemos relaciona-lo ao ARCANO VII – O CARRO. Principalmente no mitológico, vemos a figura de ARES em uma carruagem em direção ao combate. Sua fisionomia é tensa, e ao mesmo tempo muito forte. O símbolo de poder viril também é bem marcante. Para Aristóteles, tais guerreiros deveriam defender a cidade. Nessa virtude, os impulsos veem da região do coração, ou se quisermos arriscar, do CHAKRA CARDÍACO. Energia fortíssima. Daí vemos as qualidades do arcano VII – Coragem, Bravura, lealdade de um guerreiro, energia disponível para um combate, disposição para saídas, ou para novos caminhos, lugares. O carro é o elemento que carrega o guerreiro, o verdadeiro Monge combatente, ou filho da luz. Nesse aspecto, ainda há uma profunda relação com a MAÇONARIA, mas nesse assunto não devo entrar nesse momento.
            Logo após, temos a virtude da TEMPERANÇA, que estaria relacionada aos ARTESÃOS. Nesse momento, cabe falar de Alister Crowley. Em seu tarot, o arcano maior XIV não de chama Temperança, mas sim ARTE. Logo, vemos mais uma vez uma profunda relação. A temperança de Aristóteles está ligada aos artesãos. A temperança de Crowley está ligada à Arte. Interessante, não? Vale lembrar, que o conceito de Arte é um pouco mais complexo para Crowley. Não é apenas o que é belo ou raro. É a arte de unir opostos. A alquimia de unir fogo e água, o enxofre e mercúrio. Além do mais, existe a arte do autoconhecimento, do conhecimento do que está oculto. "Visita interior da terra e, retificando, encontrarás a pedra oculta" É isso que está escrito no arcano de Crowley. Ou seja, percebe-se que a arte é algo muito mais profundo do que pode levar o nosso senso comum. A região corpórea que emana tais energias, ou que representa essa virtude é o CHÁKRA BÁSICO E CHÁKRA SEXUAL. Daí emanam os desejos, e com a temperança, se constrói a arte, se produz algo.

  
Um pouco sobre Aristóteles:

            Foi filósofo discípulo de Platão. Aprendeu muitas coisas com seu mestre, mas acabou por seguir uma ideia um tanto oposta a Platão. Aristóteles foi um grande observador da PHYSIS (natureza) e a partir daí, conceituou que as ideias são formulações individuais, que variam com as experiências de cada indivíduo. Foi contrário a Platão nesse termo, pois segundo este, As ideias são imutáveis e fixas, que distam dos humanos, pois na condição que se encontram, os homens são apenas um reflexo tênue da perfeição do mundo das ideias.